Você sabia que o mês de agosto é dedicado à amamentação? O "Agosto Dourado" é uma campanha da Sociedade Brasileira de Pediatria em 2017 para incentivar e valorizar o aleitamento materno. A cor escolhida para a campanha significa o "padrão ouro de qualidade" do alimento. O objetivo é incentivar a mãe, estimular a participação do pai – da consulta pré-natal às consultas de rotina – e apoiar a família com informação, orientação e cuidado.
Diferente dos demais tipos de leites que normalmente são comercializados, o leite materno contém todas as proteínas, gorduras, vitaminas, açúcares e água que uma criança precisa para se desenvolver, além dos anticorpos e glóbulos brancos que previnem as infecções e as doenças. É através do leite materno que o corpo se desenvolve e é fortalecido, para que as mais variadas doenças sejam prevenidas. É um alimento crucial, pelo menos nos primeiros meses de vida, reduzindo assim o índice de mortalidade infantil.
A Organização Mundial de Saúde, OMS, orienta que o aleitamento materno seja exclusivo até aos 6 meses de idade. A partir dos 6 meses todas as crianças devem receber alimentos complementares (frutas, sopas, papas, etc.) e manter o aleitamento materno, pelo menos, até completarem os 2 anos.
O leite do início da mamada, chamado de leite anterior, é muito rico em anticorpos. Ele tem alto teor de água e por isso tem aspecto semelhante ao de água de coco. O leite do meio da mamada tende a ter uma coloração branca opaca devido ao aumento da concentração de caseína. No final da mamada (leite posterior) o leite é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança. Seu aspecto mais amarelado deve-se à presença de betacaroteno, pigmento lipossolúvel presente na cenoura, abóbora e vegetais de cor laranja provenientes da dieta da mãe.
Além dos benefícios nutricionais que o aleitamento materno pode trazer para o bebê, esse gesto aproxima mais o elo entre a mãe e o filho e ainda melhora a saúde da mulher. Durante a amamentação, a mãe entra em completa sintonia com o bebê, que precisa de tranquilidade e calma para se alimentar. O momento, consequentemente, faz com que a mãe se acalme e desfrute a maternidade.
Além de todos os benefícios nutricionais e afetivos, a amamentação também ajuda a voltar ao peso ideal após a gestação. Amamentar gera uma queima de calorias (cerca de 700 Kcal por dia), porque a ocitocina, hormônio produzido naturalmente pelo corpo, aumenta as contrações uterinas, reduzindo a queima natural de gorduras localizadas.
Por Aline Barbosa