Casais sorodiscordantes são aqueles em que um dos parceiros é portador de uma doença infectocontagiosa e o outro não, o que impediria a reprodução por métodos naturais sem risco de infectar o parceiro soronegativo. As principais doenças são hepatites B e C, HIV e HTLV. As técnicas de Reprodução Humana Assistida permitem que a gravidez seja atingida de forma segura, sem risco de contaminação.
Para mulheres não infectadas e homens soropositivos, o sêmen é duplamente processado e, posteriormente, passa por uma análise de carga viral para certificar que o vírus não está presente na amostra, liberando os espermatozoides recuperados da amostra para fertilização ou até inseminação (dependendo da concentração espermática do recuperado e fator de infertilidade).
Para homens não infectados e mulheres soropositivas, a preocupação é maior com a contaminação vertical (da mãe para o bebê). Por essa razão, a mulher deve estar com carga viral indetectável e ser constantemente acompanhada durante a gestação. Na maioria das vezes, o parto será por cesárea eletiva, evitando o rompimento da bolsa amniótica. Além disso, a amamentação não é permitida e o bebê deve ser acompanhado por infectologistas até o 6º mês de vida.